quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

NOSSA HISTÓRIA

FUNDADOR

Monsenhor João Penha Filho, natural de Touros/RN, nasceu em 23/06/1926 e com 9 anos entrou como lobinho no 1º Grupo Escoteiro do Mar Almirante Ary Parreiras, que funcionava no Grupo Escolar Isabel Gondim, no bairro das Rocas, em Natal. Com outra mudança de residência, posteriormente, se transferiu para o famoso Grupo de Escoteiros do Alecrim.
Descobrindo sua vocação religiosa, entrou para o seminário em 1941 e em 1947, integrou o Seminário Maior em Fortaleza onde criou um Grupo Escoteiro dentro do Seminário, com a aprovação do Reitor, o que integrou ainda mais os seminaristas.

Foi ordenado Padre em 15/09/1953, em Natal, realizando sua primeira Missa em Touros. Sua primeira missão sacerdotal foi atuar como Vigário cooperador da Paróquia de Santa Cruz, onde resgatou o Grupo de Escoteiros de lá existente. Por todas as paróquias que passou, restaurou e fundou Grupos Escoteiros para as comunidades.

Quando da criação do Grupo de Escoteiros Guy de Larigaudie, Macau, viveu uma experiência excepcional. “Por meio dos escoteiros atingia as famílias e realizava um trabalho de transformação”, afirma o Mons. Penha, “fazendo a educação dos jovens e re-educação dos pais”, pela repercussão do trabalho dos jovens junto aos adultos.

Do trabalho com os escoteiros descobriu a necessidade de criar uma escola de nível secundário (Ginásio Nossa Senhora da Conceição, hoje conhecido como Centro de Educação Integrada Monsenhor Honório – CEIMH), não existente na região naqueles dias. Os próprios escoteiros assumiram a condução da construção da escola. Um era encarregado das finanças; outro era o encarregado dos operários; outros exerciam outras funções, despertando neles a descoberta de vocações profissionais. Até então, as únicas ocupações que existiam em Macau eram de trabalhador de salina, barcaceiro, estivador e conferente (de cargas), profissões que remuneravam muito bem, sem precisar de estudo para desempenhá-las. Essa era a maior dificuldade, em fazer os jovens estudarem.                        O colégio era totalmente gratuito e mantido pelos operários da cidade.                               Ainda veio a criar outros Grupos Escoteiros.

A experiência de escotismo missionário do Monsenhor Penha provocou uma revista da França a fazer uma reportagem sobre os trabalhos desses jovens que consistia em acampar nas cercanias dos locais onde o Padre iria fazer seu trabalho de evangelização, e, antecedendo os procedimentos preparatórios para a ação apostólica, faziam sua participação ensinando orações e ensinamentos cristãos. Ou seja, ensinando o evangelho enquanto praticavam o escotismo. De Macau, foi para Roma em 1963 onde cursou Sociologia, período do Concílio Vaticano II. Neste período fez parte do Grupo Escoteiro 31, de Roma, que praticavam o escotismo escondido durante a ocupação alemã. Contava Monsenhor Penha que quando da desocupação alemã, o Grupo 31 de Escoteiros adentrou as portas de Roma com as bandeirolas de Patrulhas como se estivesse realizando uma ocupação. Algum tempo depois da experiência no exterior, voltou a Natal onde assumiu a capelania da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Durante suas viagens à Europa na década de 80, em especifico, uma foi muito importante, quando visitou o Papa João Paulo II, presenteando-o com a lapela da Flor-de-lis brasileira, ele lembra com satisfação a expressão de agradecimento de Sua Santidade ao dizer-lhe: “Uma vez escoteiro, sempre escoteiro”, pois o Papa havia sido escoteiro na juventude. Nessa oportunidade, cursou o Mestrado e o Doutorado em Ética cristã, na Universidade Lateranense, em Roma.

Ao aposentar-se como Padre, foi transferido para Touros onde fundou mais um Grupo, o GEMAR Gaspar de Lemos.

Exerceu a Presidência da Região Escoteira do Rio Grande do Norte nos mandatos de 1995-1997 e 1998-2000 quando iniciou um projeto de convidar jovens seminaristas a fazer cursos de formação da UEB, dando-lhes a orientação necessária para compreender o movimento escoteiro. Foi Vigário Episcopal para a Juventude da Arquidiocese de Natal durante muitos anos. Participou do Conselho Estadual de Educação e Cultura.

Visando ampliar a educação dos alunos e tornar realidade um sonho há tantos anos acalentado, resolve a professora Noilde Ramalho, Diretora Geral do complexo Escolar Henrique Castriciano/Escola doméstica, atender a um apelo do então Presidente da União dos Escoteiros do Brasil no RN, o Monsenhor João Penha Filho, que em carta, solicitava a criação de uma unidade de escotismo no Colégio Henrique Castriciano. E em 01 de novembro de 1997, era                                            instalado o 52º Grupo de Escoteiros Henrique Castriciano.

Escreveu inúmeros livros, e alguns dos títulos foram: “25 anos depois”, “Aids e ética”, “Juventude, opção para uma realidade libertadora” e "Fraternidade de Isis e o Código de Dan Brown".

Dentre outras qualidades o Mons. Penha também tem sua verve de compositor Musical, pois foi o criador do Hino da Paróquia de Santo Afonso, no Mirassol. Na vida artística profana o Padre Penha foi o criador de um conjunto musical, o “Sempre alerta” (para variar), constituído por escoteiros do Grupo Guy de Larigaudie, de Macau, chegando a gravar um Long-Play, em 1968, intitulado “Feito para você”. Algumas das faixas desse discos são de autoria do Pe. Penha. O conjunto se desfez em 1973.

Nos últimos anos era o Capelão do Colégio da Neves, em Natal, dirigido pela congregação das Filhas do Amor Divino, onde existe um grupo escoteiro, G.E. Nossa Senhora das Neves,                        recentemente reativado sob sua orientação.

Recebeu o título de cidadão honorário em vários municípios como: Natal, Macau, Alto do Rodrigues e Pendências.

Pelos relevantes serviços prestados ao Escotismo Brasileiro recebeu as mais altas condecorações escoteiras, o Tapir de Prata. Recebeu também e a Medalha Velho Lobo por ter mais                              de 50 anos de prática do escotismo brasileiro.

Retornou ao grande acampamento em janeiro de 2011.


A FUNDAÇÃO GRUPO

Em 1956 com a chegada do jovem sacerdote o Padre João Penha Filho à nossa cidade, ele traz consigo a idéia de instalação do escotismo em Macau. Além do escotismo o Padre Penha trouxe também junto de si inúmeras idéias guardadas em sua mente. Estas eram unicamente em prol da juventude, pois como um jovem sacerdote que acabará de receber sua ordem pela igreja católica e que nesta jovialidade e espírito patriótico decidiu então por instalar o M.E. (Movimento Escoteiro) na cidade de sal. No primeiro momento o M.E. na cidade foi chamado de Centro de Escoteiros de Macau, quando na realização da 1ª reunião do grupo que contou com a presença dos pais dos primeiros que juntamente com padre decidiram que o nome do Grupo Escoteiro seria Guy de Larigaudie, já que o grupo por ter sido fundado por padre seria então estabelecido que a instituição seria um grupo escoteiro católico fechado. Daí então a exposição do nome Guy de Larigaudie pelo Padre Penha os pais, já que Guilherme Boulle de Larigaudie ou Guy de Larigaudie como é mais conhecido foi um exemplo de escoteiro católico (ver a historia de Guy de Larigaudie abaixo). Emprestado seu nome à instituição, Guy de Larigaudie torna-se assim patrono do grupo e assim mantendo uma ligação mais forte  do 2ºRN G.E. com a igreja católica da cidade. Em 07 de setembro de 1956 foi datada a 1º promessa de membros no grupo, dando assim como fundado a partir da data.


O LENÇO

         O lenço de nosso G.E. é somente na cor vermelha, o que simboliza segundo nosso fundador a cor do manto de Nosso Senhor Jesus Cristo, pois como dito antes nosso fundador  foi um padre e o nome de nosso grupo foi o de um grande escoteiro católico, por isto deu-se assim a cor do lenço do G.E. Além de ser destaque por sua cor o lenço também tem largura e comprimento de 75cmX75cm sendo retangular e usado com duas dobras ficando triangular, um modelo segundo o fundador  retirado dos escoteiros franceses.




O BRASÃO
 
         O nosso brasão não tem tanta ligação com o nome do GE, mas têm a forte marca do escotismo que são os ramos do M.E., ramos estes onde podemos no papel de educadores, formarmos, moldarmos e educarmos os jovens para a sociedade. O brasão tem como destaque os quatro símbolos dos ramos e suas  respectivas cores representativas. As cores e os símbolos dos ramos vem debruados no lenço vermelho o que dá um bonito contraste de cores  simbolizando assim a união dos ramos em Cristo Jesus (simbolizado pela cor do lenço). Falando nos ramos do Movimento Escoteiro, aproveitamos para relatar que no nosso grupo encontrão-se os 4 ramos em funcionamento, sendo eles: Alcatéia "Lobo Fiel" (Ramo Lobinho - 7 à 10 anos), Tropa Mista de Escoteiros "Monsenhor Penha" (Ramo Escoteiro - 11 à 14 anos), Tropa Mista de Seniores "Monsenhor Honório" ( Ramo Sênior - 15 à 17 anos), Clã Misto "Leão" ( Ramo Pioneiro - 18 à 21 anos) e além das seções em atividades podemos também encontrar no grupo o Clube da Flor de Lis em pleno funcionamento.


O PATRONO

Guilherme Boulle de Larigaudie, conhecido por Guy de Larigaudie. Guy de Larigaudie, nasceu em 18 de janeiro de 1908 em Paris. Devido a guerra de 1914, mudou-se para a província até 1920, “na idade maleável em que o homem se mostra ao máximo sensível à impregnação do solo”, atento já, nesta pacato recanto do interior do Périgord, , “a respiração do mundo”. As longas horas de imobilidade no colégio são lhe muito pesadas, ele não é feito para uma vida sedentária, o tempo de seus estudos também é tempo de doenças. Um feliz derivativo aparece então, o ESCOTISMO, que depressa se tornará uma razão de viver, neste clima de liberdade e pureza que ele há de amar sempre. O Escotismo e sua mocidade ardente e nova que se sujeita a regras, ritos, fidelidade para fazer desabrochar o que de mais divino há na sua alma e no seu corpo. Ele presta sua promessa em 30 de março de 1924. Guy de Larigaudie ingressa no seminário de padres, mas a clausurarão do seminário torna-se insuportável, “há animais que, enjaulados, morrem: sou um deles, irremediavelmente”, desistiu em maio de 1928 sem nunca Ter usado a batina. Em outubro de 1930 é chamado para prestar serviço militar, num regime de cavalaria. Em 1932 cursa Direito no Instituto Católico de Paris, volta ao escotismo e torna chefe de tropa. Compenetra-se da riqueza da Lei Escoteira e que fazer dela o código de sua vida, uma vida ativa, leal, nobre, hábil e cavalheiresca. E nesta época que se organiza no escotismo francês, além dos lobinhos e dos escoteiros, o terceiro ramo, o dos mais velhos, os pioneiros, tornando assim um deles. Em outubro de 1934 participa da delegação dos escoteiros franceses ao Jamboree da Austrália, passando por Suez e a Índia, voltando pelas Antilhas e Panamá. Guy de Larigaudie volta ao regimento de cavalaria e morre no campo de honra em 11 de maio de 1940. Dele podemos dizer que foi escoteiro, escritor, explorador aventureiro e jornalista. O escotismo e o contacto com a natureza fez dele um homem novo. Guy de Larigaudie foi um exemplo de católico e de um bom escoteiro.

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